Mulheres nas Geociências - A grande contribuição feminina na ciência - Sobre Geologia

10/03/2019

Mulheres nas Geociências - A grande contribuição feminina na ciência

No dia 8 de Março de cada ano, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, criado na Europa e Estados Unidos da América pelos séculos XIX e XX, em função das lutas femininas por melhores condições de trabalho, vida e sufrágio. Nesse espírito, essa data deve ser usada não somente de forma simbólica, mas para levantar questões que ainda afetam diretamente a vida das mulheres e suas condições de vida, e chamar atenção para as mensagens e grandes contribuições das mulheres em nossa sociedade mundial.

No artigo colaborativo de hoje, o Sobre Geologia busca chamar atenção para os grandes feitos das mulheres nas geociências, e difundir sua contribuição inegável para a produção de conhecimento e desenvolvimento das técnicas e tecnologias que conhecemos hoje. Um feliz Dia Internacional da Mulher!


Introdução

O dia 8 de março é internacionalmente conhecido como um dia de valorizar as mulheres ao redor do globo, e isso não deve ser diferente na área das geociências. Historicamente, esse dia foi designado por volta do século XX, num momento onde o fervor das lutas pelos direitos das mulheres era muito grande. As péssimas condições de trabalho, associadas aos poucos direitos sociais, como o voto, eclodiram em lutas nas ruas e debates intensos por essa causa. 


Na ciência e nas áreas de pesquisa, por longos anos, mulheres foram excluídas da área de produção científica, tendo de lutar por cargos de poder, para terem suas pesquisas reconhecidas e, muitas vezes, simplesmente pelo direito de estudar e se formar no nível superior. Ainda hoje, persiste o mito de "cursos de homem" e "cursos de mulher", no entanto, a contribuição feminina para a ciência é gritante — porém, muitas vezes, esquecida. 

No espírito desse dia de luta, é importante chamar atenção para as grandes mulheres que ajudaram a construir conhecimentos das geosciências que hoje podemos considerar teorias mundialmente aceitas, ou que ajudaram a avançar em grandes pesquisas. 

A geologia e outras ciências nunca devem ser vistas como "coisas de menino", mas sim como algo para todas as pessoas curiosas, observadoras e dedicadas que querem entender mais sobre o mundo e como ele funciona. 


Marília da Silva Pares Regali - Primeira mulher a trabalhar na Petrobrás



Marília Regali.
Fonte: http://sbgeo.org.br/home/news/353

Marília nasceu em 3 de janeiro de 1930  na cidade Mogi Mirim, localizada no estado de São Paulo. Sua mãe era dona de casa e botânica autodidata, enquanto seu pai trabalhava no Instituto de Agronomia de São Paulo. Os conhecimentos compartilhados por seus pais a levaram a desenvolver um interesse pelas ciências da natureza, particularmente, a geologia.
Anos mais tarde, Marília optou por cursar História Natural na USP, que era muito voltado para às geociências, porém o curso próprio de Geologia ainda não existia na universidade. Em 1957, o curso de Geologia foi criado e Marília estudou durante três anos, sendo então formados em História Natural e Geologia, ambos pela USP.

Em 1960, foi contratada pela Petrobrás, com apenas um ano de formada, tornando-se não só a primeira mulher contratada pela empresa, como também a primeira pessoa formada em geologia a trabalhar lá. Permaneceu a única mulher até 1975. Ela trabalhou 15 anos em Salvador e depois foi transferida para o Rio de Janeiro, onde permaneceu até se aposentar em 1994.

Marília era impossibilitada de realizar o trabalho de campo porque não existiam instalações próprias para mulheres, então ela se voltou ao trabalho de escritório. Não escolhia trabalhos, fazia o que lhe pediam, dessa forma, aprendendo mais que seus colegas.

O método de trabalho que Marília utilizou nos seus anos de Petrobrás foi o de datação das bacias sedimentares por meio da palinologia, ou seja, analisando o pólen, os esporos, algas. O trabalho de 1970 “Palinologia dos sedimentos mesocenozoicos do Brasil”, escrito por Regali, foi largamente distribuído pelo mundo (Rússia, Estados Unidos, Europa e Japão), contendo informações até então inéditas, que foram muito importantes para estudos da África. Logo, o Brasil se tornou uma referência nesse tipo de datação.
Começou a ensinar na UFRJ em 1990 e, mesmo depois de se aposentar, se manteve ensinando, orientando estudantes e dando palestras por todo o Brasil. Infelizmente, em 1 de junho de 2018, Marília veio a falecer, mas seu legado na geologia não será apagado.

Mary Anning - Uma das maiores paleontólogas do mundo


Retrato de Mary Anning com seu cachorro, Tray, nos 
afloramentos de Lyme Regis, Inglaterra, 1824.

Mary Anning foi uma importante paleontóloga inglesa, por muitos chamada de “uma das maiores da história”, nascida em 21 de Maio de 1799, numa família pobre do litoral da cidade de Lyme Regis, West Dorset, Inglaterra. Pela sua condição financeira e gênero, não pôde avançar na educação formal, tendo que aprender sozinha a ler e escrever.

O pai de Mary, Richard Anning, tinha o costume de coletar e vender fósseis ocasionalmente — e, após sua morte, em 1810, a família Anning herdou dívidas que não poderiam pagar, uma vez que Richard era o provedor. No entanto, mais do que isso, ele deixou para sua família os seus conhecimentos de coletor de fósseis, que eventualmente ajudariam a família a se manter.

Em Lyme Regis, onde viviam, há a presença de muitos morros ricos em fósseis originados dos mares do período Jurássico (199 milhões de anos - 155 milhões de anos). Com seus conhecimentos práticos e curiosidade, Mary e seu irmão (os dois dentre dez filhos que alcançaram a maturidade) coletavam fósseis e vendiam.

No ano de 1820, no entanto, o Tenente Coronel Thomas Birch conheceu os Anning, e simpatizou com sua situação, uma vez que, apesar de suas grandes descobertas científicas, ainda viviam na pobreza e anonimato. Assim, montou um leilão para vender os itens descobertos pela família. Com isso, pelos meados da década de 1820, Mary Anning administrava os negócio de coleta de fósseis da família, e era conhecida por sua grande percepção e conhecimentos práticos na área.

Muitas espécies são hoje expostas em museus sem os devidos créditos à Mary por sua descoberta. Uma das suas maiores descobertas, junto ao seu irmão, é a do primeiro fóssil de Ictiossauro, quando ela tinha entre 10 e 12 anos. Trata-se de uma ordem de répteis marinhos extintos no início do período Triássico Inferior.
The first ichthyosaur Mary Anning found
Primeiro fóssil de Ictiossauro achado pelos irmãos Anning. Fonte: Museu de História Natural da Inglaterra.
Mary também foi responsável pela descoberta do Plesiosauria, outro tipo de réptil marinho. Na época, uma importante anatomista francês, Georges Cuvier, duvidou da legitimidade do espécime encontrado por Anning, analisando seus desenhos detalhados. No entanto, ao concluir que se tratava de um Plesiosauria legítimo, Mary Anning passou a ganhar mais atenção da comunidade científica inglesa.

Apesar de ter sido muito desacreditada, por muitos anos, por uma comunidade científica formada por homens da elite acadêmica inglesa, hoje é possível afirmar que Mary Anning foi uma das maiores paleontólogas, não apenas encontrando espécimes de grande importância, mas as catalogando e desenhando detalhadamente o que achava.
Nas palavras de Lady Harriet Sivester, importante mulher da elite de Londres, que conheceu Anning em 1824, a paleontóloga havia “alcançado o nível de conhecimento no qual já tinha o hábito de escrever e conversar com professores e outros homens com entendimento no assunto, e todos eles aceitavam que ela entendia mais de ciência que qualquer um no reino”. Hoje, independente da validação de outros homens, sabe-se que a contribuição de Anning e sua família foi essencial para a reconstrução paleontológica e geológica, e para a ciência como um todo.

Gerta Keller - Geóloga teórica da extinção dos dinossauros


Geóloga e paleontóloga Gerta Keller. Fonte:
https://owlcation.com/stem/
Exploring-Extinction-An-Interview-with-Gerta-Keller
Gerta Keller é uma geóloga e paleontóloga nascida em 7 de março de 1945, na cidade de Schaan, no pequeno país europeu Liechtenstein, mas cresceu na Suécia. Ela se formou na Universidade Estadual do São Francisco nos Estados Unidos em 1973 e se tornou doutora pela Universidade de Stanford em 1978.

A principal área de pesquisa de Keller são as grandes catástrofes terrestres — como as extinções em massa, impactos de meteoritos, grandes erupções vulcânicas, mudanças climáticas repentinas e acidificação dos oceanos — envolvendo paleontologia, estratigrafia, geoquímica, geocronologia e sedimentologia. Durante sua carreira, já foram publicados mais de 250 trabalhos de sua autoria.

Seu trabalho de maior destaque envolve a extinção em massa do cretáceo-terciário, amplamente conhecida como a extinção dos dinossauros, que ocorreu há 66 milhões de anos atrás. Diferente da teoria do impacto de asteroide proposta por Luis Alvarez em 1980, Gerta acredita que a extinção se deu por uma série de erupções vulcânicas em uma região chamada de “Deccan Traps” na Índia Ocidental. Essa teoria foi elaborada em 1978, porém logo descartada, e, graças a Keller, voltou a ter uma posição de destaque quando ela a estudou a fundo, aprimorando-a.

The Deccan Traps in India today. Photo by Gerta Keller.
Os Deccan Traps, na Índia, nos dias de hoje. Foto por: Gerta Keller.
Muito boicotada pela comunidade científica durante toda a vida, Keller guarda na memória insultos que já recebeu de outros pesquisadores, tenham sido eles vociferados na sua frente ou não. A primeira vez que apresentou sua pesquisa para a comunidade científica foi em 1988, na conferência sobre catástrofes globais, antes mesmo que pudesse explicar sua pesquisa realizada durante três anos em foraminíferos, foi repudiada por gritos como “idiota”, “sem-sentido” e “você não sabe o que está fazendo”.

Apesar de tudo nunca abandonou a pesquisa e a sua convicção, mesmo com a teoria do impacto do asteroide ganhando cada vez mais força, a existência de outra teoria só se deu, basicamente, por conta de seu esforço de mantê-la viva. Atualmente, ela é professora e pesquisadora da Universidade de Princeton, cargo que ocupa desde 1984.


Rosaly Lopes - Cientista brasileira na NASA



Geóloga planetária brasileira, Rosaly Lopes.
Fonte: https://volcanoworld.wordpress.com/
2011/12/19/rosaly-lopes/
Nascida no Rio de Janeiro no dia 8 de janeiro de 1957, Rosaly Lopes é geóloga planetária, vulcanóloga e astrônoma. Atualmente possui tripla nacionalidade (U.S, U.K e BR). Sua carreira profissional inclui grandes feitos como participação no programa Galileo, onde identificou 71 vulcões ativos na superfície de um satélite de Júpiter,  a Lua vulcânica Io, feito que a pôs no Guinness Book of World Records 2006.

Seu gosto pela ciência foi muito influenciado pelo incentivo de outras mulheres de sua família, e como integrava uma família de classe média, a educação para as mulheres de sua família se tornou mais acessível, portanto sua avó - professora- e sua mãe- musicista- com certeza lhe foram grandes exemplos. Porém não havia em sua família uma cientista e seu gosto para com a ciência surgiu com a notícia de um cosmonauta soviético (Yuri Gagarin) que havia se tornado em 1961, quando havia apenas 4 anos, o primeiro ser humano a entrar em órbita, daí surge inicialmente o desejo de se tornar astronauta. Ao analisar seu contexto quanto mulher brasileira, optou pela ciência: Rosaly decidiu ser cientista.


"Poppy Northcutt continua trazendo astronautas
de volta para casa", diz anúncio na revista
TIME, 1969.
O conjunto de missões espaciais coordenadas pela NASA protagonizou entre 1961 e 1971 a famosa corrida espacial para pôr o homem na Lua, e este foi um marco importante para sua decisão da sua carreira científica ligada à pesquisas espaciais. Quando decidiu ingressar na NASA, uma grande influência foi Frances “Poppy” Northcutt, a primeira engenheira a trabalhar no controle de uma missão na NASA (durante a execução da missão Apollo 13).
Mudou-se para Londres em 1975 e formou-se astrônoma em 1978, fez um curso de ciência planetária e quando o Monte Etna explodiu, Rosaly optou por estudar vulcões, na Terra e fora dela.

Quando estava completando o doutorado foi informada de um programa da NASA aberto a estrangeiros, o NASA Postdoctoral Program, que oferecia um pós-doutorado com duração de dois anos. Mesmo com um emprego fixo, Rosaly resolveu arriscar e conseguiu um emprego na NASA, onde trabalhou na missão Galileo.

Capa do livro de Rosaly Lopes,
Turismo de Aventura em Vulcões.
Sua tese de Ph.D em ciência planetária consistiu numa comparação dos vulcanismos ocorridos na Terra e em Marte. Rosaly é especializada em geologia e vulcanismo planetário. Mas também se dedica ao estudo das estruturas geológicas terrestres, ela é autora de diversos livros,  e em Turismo de Aventura em Vulcões se dedica apenas aos vulcões terrestres. Outro grande feito realizado por Rosaly foi de ter se tornado a primeira mulher estrangeira a ser editora chefe da revista científica Icarus, fundada por Carl Sagan.






Inge Lehmann - A cientista que revolucionou a sismologia


Geodesista e sismologista Inge Legmann.
Inge Lehmann (13 de maio de 1888 – 21 de fevereiro de 1993) foi uma geodesista e sismologista dinamarquesa e deixou como legado a descoberta de uma descontinuidade que separa o núcleo interno do núcleo externo – a qual ficou conhecida como descontinuidade de Lehmann – assim como descobriu que eles possuíam consistências diferentes: o núcleo interno era sólido, e o externo, líquido.

Lehmann nasceu em 13 de maio de 1888 em Copenhagen, Dinamarca. Filha do psicólogo Alfred Georg Ludvik Lehmann e Ida Torsleff, dona de casa. Na adolescência frequentou uma escola privada de ideais progressistas, onde meninos e meninas eram tratados igualmente (cursavam as mesmas disciplinas e participavam de atividades esportivas), fundada por Hanna Adler. Na época, meninos e meninas frequentavam escolas distintas. Aos 18 anos, ingressou na faculdade de Copenhagen, onde cursou Matemática. No entanto, somente concluiu o curso aos 32 anos, devido a problemas de saúde.

Em 1923, começou a trabalhar como assistente no departamento atuarial (área de análise de riscos financeiros principalmente para seguros e pensões) da Universidade de Copenhagen. Três anos depois, em 1925, passou a trabalhar como assistente do professor e diretor de um instituto de pesquisas em Geodésia na Dinamarca, Niels Eric Norlud, no setor de Sismologia. Nesse mesmo período, Lehmann começou a se interessar pelo estudo dos sismos e aprendeu que a partir de dados sismológicos era possível compreender a estrutura interna da Terra. Ela também visitou várias estações sísmicas pela Europa, com o objetivo de aprender mais sobre os movimentos da Terra.  


Em 1928, aos 40 anos, concluiu seu mestrado em Geodésia, sendo designada chefe do Departamento de Sismologia do Royal Danish Geodetic Institute, encarregado pela administração dos observatórios sismográficos de Copenhagen, Ivigtut e Scorebysund. Apesar de ocupar um cargo administrativo, Lehmann realizou diversos aperfeiçoamentos no âmbito científico: coordenou as análises de dados sismográficos, gerando assim, conclusões mais confiáveis.
Dados sísmicos obtidos em diferentes estações de um terremoto no México, publicados por Inge Lehmann em 1930. Fonte: https://www.famousscientists.org/ inge-lehmann/


A partir de sua análise das ondas P (primárias, rápidas e propagadas tanto em meios sólidos como em meios líquidos) e dos dados que mostravam sua ocorrência em lugares inusitados, Inge explicou através de seu modelo matemático, que as ondas P eram refratadas e refletidas no limite do núcleo interno da Terra sólido e do núcleo externo, líquido. Essa descoberta contrapôs o modelo anterior, no qual o núcleo terrestre era formado completamente por material fundido. Seu famoso artigo, intitulado “P” sintetizaram suas novas descobertas e seu modelo foi, gradativamente aceito pela comunidade científica, e mais, tarde confirmado, através de avanços tecnológicos.


No ano de 1959, já aposentada e focada na pesquisa científica, Lehmann descobre uma nova descontinuidade no interior terrestre, causadora de um aumento abrupto na velocidade das ondas sísmicas, a Descontinuidade de Lehmann.

Seu último artigo científico foi publicado em 1987, intitulado “Seismology in the Days of Old” e Inge completou 99 anos. Aos 104 anos, faleceu, deixando seus bens para The Danish Company. Nunca se casou ou teve filhos. Em 1997, a American Geophysical Union criou a medalha Inge Lehmann, atribuída a cientistas inovadores nos estudos sobre a Estrutura Interna da Terra, em sua homenagem.

Deborah Enilo Ajakaiye - Primeira professora de física africana

Em 1940, na cidade capital de do Estado Plateau, Jos, na Nigéria, nasce Deborah,  a quinta de um total de seis filhos. Seus pais acreditavam numa educação igualitária entre os sexos, portanto seus filhos de ambos os sexos tiveram acesso à educação. Sua carreira na geofísica inclui grandes feitos, tanto suas contribuições em estudos geofísicos sobre a Nigéria, quanto ao fato de ter sido a primeira professora em toda a África Ocidental a lecionar Física.
Em 1962 é graduada como Bacharel em Física pela University of Ibadan, recebeu seu mestrado pela University of Birmingham na Inglaterra. e em 1970 concluiu seu Ph.D em Geofísica pela Ahmadu Bello University na Nigéria. Apesar de seu interesse inicial ser a Matemática, Enilo optou pela Geofísica pois acreditava que isso poderia trazer contribuições significativas para seu país. E em 1980 Deborah se torna a primeira professora de Física africana, ministrando na Ahmadu Bello University e se tornou reitora de ciências naturais na University of Jos.
Ajakaiye apontou a riqueza nigeriana em diversos aspectos minerais, incluindo urânio, óleo, gás natural e carvão. Seu trabalho geofísico com uma técnica denominada geovisualização tem sido utilizado para encontrar depósitos minerais submarinos Nigerianos. Ela criou também um mapa de gravidade da Nigéria (mapa gravimétrico), resultado de um trabalho árduo feito em parceria com suas alunas. Após sua aposentadoria, Deborah se dedica à obras sociais e caridade, principalmente a Nigéria-base charity, CCWA (Christian Care for Widows, Widowers, the Aged and Orphans) fundado por ela em 1991.
Foi honrada pela Sociedade Nigeriana de Mineração e Geociência (NMGS), se tornando  primeira mulher a receber o prêmio. Também foi a primeira negro-africana a ser nomeada membro da Sociedade Geológica de Londres.
Atualmente, Deborah tem trabalhado em um projeto denominado “Structural Style Project” no delta nigeriano, trabalho feito em parceria com outros cientistas pela Rice University e University of Houston.

Referências
  • http://www.nhm.ac.uk/discover/mary-anning-unsung-hero.html
  • https://ucmp.berkeley.edu/history/anning.htm
  • http://www.figueiradaglete.com.br/mpares59_petrobras_3.html
  • https://www.theatlantic.com/magazine/archive/2018/09/dinosaur-extinction-debate/56576
  • https://massextinction.princeton.edu/about9/
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Rosaly_Lopes
  • https://www.bbc.com/portuguese/geral-45947502
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Deborah_Ajakaiye
  • https://museuhe.com.br/2017/10/16/inge-lehman/
  • https://www.cmjornal.pt/tecnologia/detalhe/google_recorda_mulher_que_chegou_ao_centro_da_terra
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Inge_Lehmann
  • https://www.famousscientists.org/inge-lehmann/
  • https://www.britannica.com/biography/Inge-Lehmann
  • http://www.cprm.gov.br/publique/media/sobre/equidade_genero_raca/personagem_inge.pdf
Artigo escrito por Amanda Couto, Isabel Schulz, Isabela Rosario e Letícia Brito. Editado por Rafael Ladeia

Um comentário:

  1. Adorei esse artigo! Completo, uma leitura agradável, cheio de informações incríveis e bem ilustrado! Perfeito, parabéns a todas!

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